terça-feira, 27 de abril de 2010

Regata de domingo do ICB - Niterói, RJ

Primeiro Lugar !!!!! Esta tripulação aí da foto ficou em primeiro lugar na categoria Cruzeirão A!!!
Domingo passado participamos da regata "Karl Heinrich Boddener" do Iate Clube Brasileiro em Niterói - RJ.  Foi um dia lindo, na raia tinham barcos de diferentes categorias como de costume. Corremos no Enterprise, barco comandado pelo Sr. Helmut Stenger. A bóia de contra vento foi moleza pois a corrente estava a favor, estávamos de maré vazante.  Como eu sempre digo, é muito bom olharmos para o fundo da cabine ao final de uma velejada e vermos que por ali passou um furacão, sinal que a velajada foi daquelas!! Aproveito para fazer um elogio rasgado a uma pessoa que muito tem a ensinar sobre regatas, sim pois cruzeirar e regatear são coisas completamente diferentes. O Sr. Helmut é um excelente tático, qualidade que para uma pessoas aparece mais naturalmente e para outras pode não aparecer nunca. A nossa colocação foi o que menos nos importou, o melhor foi velejar em companhia de pessoas agradáveis e que adoram estar no mar. Obrigado Helmut e Ângela.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Baía da agonia


No ano passado a Comissão Olímpica Internacional, o COI esteve aqui no Rio. Legal não é? Pois bem, naquela época não existia o Blog do Big e eu não pude mostrar aos amigos o que presenciei. Pô Luís, que interessante...e daí? Explico: “VOCÊS TINHAM QUE TER VISTO O ESTADO QUE FICOU A ÁGUA DA BAÍA DA GUANABARA!” De dentro do Big Rider, na popa, olhando para os cabos que o prendem à poita do píer, quase tinhamos a visão da própria poita que fica a uns 3 metros de profundidade. Acreditem, para os parâmetros normais da água da Baía é muita transparência na superfície que por vezes não chega a um palmo!! Eu e minha filha nadamos entre os barcos, limpamos o hélice, brincamos e nos alegramos pela água limpa que estava ao nosso redor. Incrível foi que nem me passou pela cabeça que era por conta do COI. Pobre panaca. A verdade é que foram desviados rios importantes. Rios que outrora traziam vida para dentro da Baía, carreando nutrientes vindos das montanhas e que agora, depois de mal tratados e poluídos por nós, desembocam na querida baía mortos e desprezados. Só lembramos deles quando enchem e inundam regiões que não deveriam estar habitadas. Pois bem, uma semana depois que o COI foi embora TUDO voltou ao normal. Os sacos plásticos estavam de volta, o óleo derramado pelos navios e barcos de pesca estava de volta, a água marrom de aparência quase sólida estava de volta, o cheiro de esgoto estava de volta e a minha indignação nem se fala. Vejam este vídeo (feito em 2007!!!) e tentem imaginar onde foi parar o nosso dinheiro, ainda, onde vai parar o dinheiro que pegamos emprestado do exterior para as melhorias necessárias de que a nossa Baía tanto precisa. Vão parar nas cuecas destes canalhas que elegemos de tempos em tempos. Prometer a despoluição da Baía da Guanabara produz o mesmo efeito aos eleitores tal qual acabar com a violência no Rio ou a fome no Nordeste. Sonho em um dia poder velejar com meus netos em Uma Baía menos poluída. Caramba é tão linda, não nos cansamos de ver as mesmas imagens, mesmas Igrejas e Fortalezas, mesmas pedras e montanhas em sua volta e no entanto temos que ver televisores boiando, cadeiras e poltronas por todo o lugar. E estes artefatos não vieram do esgoto, vieram da falta de educação que o brasileiro aprendeu a cultivar e achar que é assim mesmo, que é normal ser porco.

A foto aí eu fiz no domingo no (JIC). Olha como fica bacana a água toda enfeitada de saquinhos multicoloridos por todos os lados, sem falar nas camisinhas de Vênus com nó na ponta, tem de todas as côres. É o mesmo local que relatei lembra? Na popa do Big, no pier do clube. Caminhamos bem... Luís.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Grandes personagens no Rio Boat Show 2010

Oi pessoal, ontem dei um pulo no Rio Boat Show que está acontecendo neste momento na Marina da Glória.
Eu estava no JIC, me preparando para ir para casa quando decidi ligar para o Luiz Sérgio e ele me disse que estava se direcionando ao salão. Tinha um convite para mim. Imprimi meus dados na náutica do clube e fui direto para lá.
Leio muito sobre TUDO que consigo referente a vela e principalmente referente a construção amadora no Brasil. Em relação a construção de barcos brasileiros nós temos uma referência que é o Sr. Roberto de Mesquita Barros o “Cabinho”. O Cabinho já escreveu vários livros sobre suas aventuras nos mares do mundo mas ele é muito mais conhecido pela sua simplicidade no trato e pelos seus exelentes projetos. A visão que o Cabinho tem de espaço é algo inacreditável. Os seus barcos são incrivelmente espaçosos, confortáveis e seguros. Não tem um velejador de cruzeiro no Brasil que não tenha sonhado em possuir um barco projetado por ele. Neste caso, facilita ter um estaleiro preparado e principalmente familiarizado com seus projetos. Isso é um problema...na verdade já foi. Existe uma pessoa no Rio que simplesmente faz o sonho tornar-se real...esta pessoa é o Sr. José Manoel Gonzales Fernandes, o Manolo. Ele é espanhol, veio para o Brasil ainda criança e trouxe com ele o DNA naval de que tanto precisamos. Seu estaleiro Sabadear é uma referência na construção de veleiros. Ele me revelou que com aproximadamente R$ 400.000,00 você pode possuir, em 4 ou 6 mêses, um veleiro incrível, um  Samoa 36 com TUDO que possa imaginar. Os Samoas são outra referência em termos de barcos seguros e confortáveis (desenhados por Cabinho). Ainda temos o Luiz Sergio, um detalhista e apaixonado velejador que com suas próprias mãos, parafuso a parafuso, construiu um robusto Samoa 35. Hoje é meu amigo e principal consultor. Pense em um problema que você possa ter com seu veleiro...pensou? Pois bem, ou o Luiz  já passou por este problema e já resolveu de maneira precisa, ou ele já pensou na solução e está só aguardando o problema surgir... Pois é, foi assim que ele me convenceu a adquirir um guincho de 1000W para o Big Rider. Já estamos antevendo aquela lestada que possa entrar no final de tarde nas cagarras... Sinceramente eu não estou mais aguentando levantar a âncora. Tenho sempre que ingerir uma cartela de Dorflex depois... E por último, eu conheci duas pessoas que só conhecia por leitura, o Hélio e sua esposa Mara do veleiro MaraCatu. Não direi nada a respeito deles, vejam o blog primoroso e tirem suas conclusões. Grandes pessoas! Saúde a todos.
PS: a foto que ilustra esta postagem foi feita de meu celular pela Elizabeth que deu um duro danado para que ficasse visível! Viva Beth!
Luís Cardoso

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Os barcos de Eric Tabarly


Le Pen Duick VI d'Eric Tabarly
Enviado por Sailingnews. - Futebol, capoeira, surfe e mais videos de esportes.

Eric Tabarly foi um homem que viveu para seus barcos. Cada um foi desenhado e construido para um tipo de regata. Inventou o lazy jack, camisinha para balão, a mesa de navegação com cardã, tanques de lastro entre outros. Venceu várias regatas em solitário fazendo diferente dos outros concorrentes, teve que otimizar as manobras de troca de velas para melhor rapidez e segurança fazendo-o mais competitivo. Sempre muito simpático e simples, capaz de feitos espetaculares, morreu em 1998 fazendo o que nasceu para fazer, velejando. Estava a bordo do barco que pertenceu a seu pai, o Pen Duick (Tentilhão-de-cabeça-preta). Todos os navegantes deveriam conhecer um pouco da vida deste francês que é um herói até hoje em seu país. Ao longo de sua vida viveu endividado por estar sempre construindo ou consertando um dos seus Pen Duicks. Muitos amigos e donos de estaleiro o ajudaram e assim fizeram parte de sua vida e a eles Tabarly era muito agradecido. Um filme sobre suas conquistas e sobre a sua vida já foi lançado, irei falar sobre ele posteriormente. Um abraço, Luís. 

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Páscoa a bordo

Olá a todos. Chegamos ontem de Niterói. Ficamos a bordo do Big Rider como sempre fazemos quando passamos nossos finais de semana no clube.Fui na sexta feira, minha esposa, filha e sobrinha não puderam ir,  foram no sábado. Como estava doido por uma velejada resolvi sair na sexta para dar uma velejada sozinho mesmo como gosto de fazer e para testar a nova vela. Eu adoro pessoas a bordo, como sempre costumo dizer, e outros já disseram antes, a felicidade só é plena quando ela é compartilhada, e é verdade, mas também é muito prazeroso velejar só. Embora não me sinta só nem um pouco. Sempre tem um atobá, um trinta réis ou um tesourão fazendo companhia. Nesta sexta, ao apontar a proa do Big Rider para a Ilha Rasa e ligar o “Magalhães”, nosso piloto automático, eu dei uma olhada em volta para ver se tinha algum cargueiro aproando para entrar na boca da barra da Baia da Guanabara, constatado que estava seguro, eu fui para a proa e fiquei sentado sobre o deck, encostado na cabine e olhando para o horizonte. Na hora comecei a ouvir os pios dos Trinta Réis que passavam sobre nós, olhei para a frente e vi ao longe a Ilha Rasa, para mim é a melhor velejada que temos aqui no Rio para ir e voltar no mesmo dia. Parti do clube ‘as 14:00h pois geralmente é quando o vento “firma”. Depois de passar ao largo da Ilha Rasa, o vento refrescou bem e aí começamos a andar a 7 nós, com o Big Rider levantando altos “bigodes”. O sol já estava ficando amarelo e pude fazer a foto dele “morrendo” por trás da Ilha Redonda. Eu não queria parar de velejar e fui indo em frente até o vento diminuir um pouco, só que já estava anoitecendo e então resolvi voltar pois a entrada na Baía ‘a noite é perigosa, entram e saem muitos cargueiros, balsas e navios de turistas, muitas vezes um atrás do outro e andam muito rápido. Como aquela área é restrita, pois existe um canal, os navios não podem desviar de nós e não temos como saber se eles nos vêem. Aconselho a não navegar na bôca da barra depois de anoitecer pois é perigoso. Cheguei ao clube e já eram 21:00h e só voltei naquele dia para poder beber uma cerveja com um grande amigo Resende que me esperava no clube pois a vontade era ficar no mar. Ainda tinha vento que depois mudara para um terral fraquinho. Era para velejar a noite toda!! No sábado as meninas chegaram e demos outra velejada, com direito a um belo arco íris. Ótimo feriado a bordo do Big Rider.