sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL!!!!

O melhor de dar aulas é conhecer pessoas e fazer amigos. Foi isso que eu ganhei em iniciar o curso de vela no mês de fevereiro de 2010. Se soubesse que seria assim, teria feito antes. Cada um que aprendeu a velejar no Big Rider, deixou uma bela lembrança para mim. Feliz Natal a todos e apareçam sempre para conversarmos e bebermos uma geladinha!!! Luís Cardoso.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Devido ao horror de violência pelo qual meu estado passou nas últimas semanas, decidi cancelar a última turma de vela do ano. conversei com os alunos e tentei mostrar que não havia segurança para nosso deslocamento e nem "clima" para começarmos as nossas aulas no sábado passado. Eu estava certo que teríamos uma grande quantidade de sangue derramado entre policiais, traficantes e moradores. Não conseguia parar de pensar na explosão de violência pela qual passaríamos e que na verdade já estávamos passando. Na minha rua dois carros foram queimados. O medo estava nos olhos das pessoas. Tive que pegar minha filha no colégio antes da hora e no quarteirão ao lado carros estavam sendo incendiados. Só sabe avaliar o clima de pavor que estava no Rio quem passou perto de uma ocorrência de incêndio como passei, olhando nos olhos das pessoas apavoradas. Agradeço o tempo todo a Deus por ter errado na minha previsão de guerra iminente. Acabou que as crianças foram poupadas da violência explícita que na tela da globo iria acontecer. GRAÇAS A DEUS! Agora, depois que as coisas se acalmaram o Rio está começando a voltar a respirar. Já voltamos as ruas. Mas fica a questão: gerações de crianças foram negligenciadas por todos nós. Aqueles traficantes são as mesmas crianças que viram seus pais e parentes morrerem por falta de atendimento hospitalar, foram os mesmos que não tiveram apoio do estado para sair do crime, do tráfico. Agora, matam pais de famílias nos sinais de trânsito. Se o cara já tinha uma índole não muito boa, nada foi feito para tentar moralizar suas atitudes, seus pensamentos. Agora...aguentemos e rezemos para não sermos a bola da vez. O que me parece é que a sociedade entre alguns policiais e traficantes acabou no Alemão e esqueceram de contar a eles, aos traficantes. Agora...aguenta! Mas vejam, estamos TODOS no mesmo planeta, ou seja, na mesma onda. Isso vai voltar a acontecer, seja daqui a 5 dias ou daqui a 50 anos, caso não eduquemos nossos filhos, não dermos amor o suficiente e principalmente, sabermos amá-los, pois amar não é passar a mão na cabeça quando atropelarem alguém que anda de skate no túnel. Amar é educar, mesmo que isso doa na gente.
Abrçs, Luís.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ultima turma de 2010

Estão encerradas as inscrições para a última turma de Iniciação à Vela Oceânica de 2010.

As aulas terão início no dia 27 de novembro. Serão 4 dias onde serão ensinadas manobras importantes para quem pretende se introduzir na vela oceânica.

Em janeiro não teremos aulas pois estaremos de férias, mas já podemos aceitar inscrições para fevereiro. Os interessados já podem pedir via e-mail o formulário de inscrição.

Obrigado a todos os alunos e alunas que nos deram o prazer do convívio durante este ano. Foi incrível ver a evolução de cada um. Esperamos sinceramente que cada desejo se realize em 2011.
A grande maioria das pessoas que fizeram o nosso curso sonham em adquirir um veleiro de oceano. Não tenham medo, encarem a empreitada. Possuir uma embarcação não é fácil, temos que lutar contra muitas coisas tais como família, funcionários de clubes náuticos mal intencionados e mal preparados, contra nós mesmos (pois a limpeza e conservação são tarefas duras mas muito necessárias), até contra as cracas temos que lutar...mas no fundo vale muito à pena! São finais de semana fabulosos que impregnam nossa memória na hora do sono, velejadas fantásticas que nos deixam abobalhados com a beleza da natureza. Por essas e outras, aventurem-se no sonho de possuir o próprio barco e obrigado pela confiança depositada no nosso curso! Feliz 2011 para todos.

Luís Cardoso - veleiro Big Rider

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Turma da desintoxicação de 5hs

Para muitos, saber de onde o vento vem, qual manobra mais certa a fazer, saber a nomenclatura, termos náuticos e nós pode ser algo muito difícil e talvez até inatingível no início do aprendizado...mas para outros, chegar ao clube e saber que ficará sem tomar uma cervejinha por até 5hs pode ser mais difícil, acredite. É o que acontece quando estas figuraças aí chegam para a aula de vela de sábado. Depois da aula olha o que acontece. Este dia foi o dia das caipirinhas e caipivodcas. Saiu todo mundo leaallllll, híc,,,bem a besss hìc..sssaaa.....!!! Foi a melhor coisa que inventaram para fazer com o limão!
Na ordem: Sergio (aquartelando tudo), Paulo, Guto (in memorian) cadeira vazia, Paulo maçã, o Big Rider ao fundo e eu.


PS: Foi mal Guto, não resisti!

manobra de capear - acalmando a situação

"Capear é realmente a melhor solução quando não sabemos mais o que fazer: cambamos sem tocar nas escotas, deixamos a buja aquartelada, passamos o leme para o lado contrário, deitamos no cockpit fechando os olhos e vemos então as coisas como eslas são..."
Bernard Mointessier
(10 de abril de 1925 Hanoi, Vietnan - 16 de junho de 1994, França)

Esta frase foi extraída do livro "LA LONGUE ROUTE" que no Brasil foi traduzido para ¬ O longo Caminho" de Bernard Mointessier.

Quer aprender a fazer esta e outras manobras?
Venha a prender no Curso de Iniciação à Vela Oceânica Big Rider



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

E não é que navega "mermo"! Rssrsrss....artista é assim mesmo! Me amarrei!

Se eu chegasse no clube e visse o Big Rider assim na garagem...

Vários veículos já publicaram este barco construido pelo francês Julien Berthier. Tem gente que achou ridículo, eu achei o máximo. Já pensou... não ter que responder aquela velha e inoportuna pergunta do visitante novato a bordo..." - esse barco afunda ?"   Num tá vendo que afunda? 





Mas na verdade o meu barco não é assim por baixo!!!












 E o danado navega!! Tem um pequeno motor.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Rabo de galo

Será que vem vento aí?

Já vi "rabos de galo" (cirros) bem formados, mas este abusou...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

E a jubarte morreu!

Depois de tantas tentativas, a baleia morre. Foram 36 horas de agonia. É bem difícil ver um animal desses morrer desta forma.
Agora será filetada e jogada no lixão. Um amigo nosso lá do Jurujuba (Ronaldo do Timshel), voltou agora do cruzeiro da costa leste. Perguntei a ele se havia visto muitas baleias. Resposta: "olha, acredito até que a caça às baleias será liberada! Vi muitas baleias Jubarte". Será mesmo que a grande incidência de encalhes este ano na costa brasileira, quase 80 ao todo, a grande maioria de jubartes, pode estar sendo devido ao aumento da população destes animais? Se for, deveríamos começar a pensar em nos organizarmos para que sejam formados grupos de apoio a estes cetáceos, pelo menos, na época da passagem delas aqui pelo nosso litoral. Caso a pensar. Fui.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Baleia encalhada em Buzios - RJ

Uma baleia da espécie Jubarte, com aproximadamente 12 metros de comprimento, encalhou na Praia de Geribá, em Búzios, na tarde dessa segunda-feira dia 25 de outubro. Ela procurava se alimentar de um cardume de pequenos peixes, quando ficou presa em um banco de areia
A população local se reuniu para tentar salvá-la. Durante a noite, bombeiros, com apóio de helicóptero e rebocador, tentaram resgatá-la. Porém, a baleia continuou encalhada.

A operação continuará durante o dia, nessa terça-feira.


Fonte: http://www.sidneyrezende.com/noticia/106198+baleia+continua+encalhada+em+buzios

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Curso de Vela Oceânica








Curso de Iniciação à Vela Oceânica
“Velejar com segurança”







Contato: veleirobigrider@gmail.com
Tel: (21) 8187-9618
Luís Cardoso

OBS: Nenhum curso de navegação, seja ele a vela ou a motor lhe dará autorização para conduzir uma embarcação em águas Brasileiras, internas ou externas, sem que o condutor tenha efetuado provas pertinentes a uma das três categorias de navegação amadora, que são: Arrais, Mestre e Capitão Amador e conseguido obter o mínimo de aproveitamento necessário para cada uma das classes.
Veja o site: https://www.mar.mil.br/cprj/
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Se você gosta de mar, de natureza, de sentir o vento no rosto, de ver o pôr do sol de ter a profunda sensação de liberdade e mais, se ainda é um apaixonado pelo nosso Rio de Janeiro, então venha aprender como ter tudo isso de uma só vez. Passe suas tardes de sábado aprendendo a velejar em um veleiro oceânico construído na Argentina pelo projetista e construtor naval Héctor Domato.


Aprenda a navegar à vela com confiança e total segurança. Nosso curso irá lhe ensinar técnicas usadas por velejadores mais experientes mas sempre tendo como objetivo principal o nosso lema: “velejar com segurança” e ainda, você irá potencializar suas capacidades de como e quando tomar certas decisões. Você verá que o treinamento bem feito associado a uma série de repetições lhe trará auto contrôle e confiança em situações críticas. Verá que muito do que ensinaremos poderá ser utilizado em sua vida pessoal e em sua vida profissional.


Se você nunca velejou pois sempre achou ser muito difícil e até muito caro, se já velejou em monotipos e agora quer aprender em um barco maior que possui respostas aos comandos de maneira diferenciada, este é um curso que lhe dará a oportunidade de, ao final, saber escolher o veleiro dos seus sonhos, de acordo com o seu perfil de usuário. Acredite, você pode ter seu barco dos sonhos. Você pode ser o comandante de sua própria embarcação. Levar sua família para passear e curtir a natureza de maneira limpa, sem barulhos e sem fumaça. E o que é melhor, se sentindo em total segurança. Tudo bem, você não quer ser o feliz proprietário de um veleiro de oceano mas gostaria de ser capaz de comandar um veleiro alugado por você para passar um final de semana com a família e ou amigos. Pronto, ao final de nosso curso, você estará pronto para se fazer ao mar.
Mas lembre-se: Somente a Marinha do Brasil pode lhe fornecer a habilitação necessária para a navegação. O nosso curso lhe ensina a velejar com segurança, a Marinha lhe habilita legalmente.


A embarcação:




Nosso barco é um clássico veleiro argentino, um Victory 34, construído de maneira robusta e possuidor de belas linhas. Acabou de passar por uma reforma (terminada em janeiro de 2010) que o deixou ainda mais seguro e bonito. É muito confortável, possuindo geleira, painel solar, bimini (toldo), bate-vela, enrolador de genoa e motorização a diesel. Rádio VHF e FM e ventiladores nas cabines. Todas as normas de segurança estão atendidas como fogos de sinalização na validade e coletes salva vidas homologados além de um kit completo de primeiros socorros e extintor de incêndio. Possui ainda um fácil acesso a água e ducha com água salgada no paineiro ou “cockpit”. O banheiro é hidráulico e fechado dando privacidade ao usuário, tendo ainda água pressurizada para ducha higiênica. Possui fogão de três bocas e forno. Temos ainda a bordo o “Magalhães” nosso piloto automático que certamente estará descansando no momento da aula. Contamos com 150 L de água dôce e um tanque de combustível de 60L.


Algumas prováveis perguntas:

Tenho que levar comida?
(R) Se quiser. Para os dias de aula teremos a bordo, biscoitos, bolo, refrigerantes e água pra os alunos. As bebidas estarão geladas. É interessante um café da manhã leve e não ingerir álcool antes da aula.


Qual roupa devo usar?
(R) Será necessário trazer a bordo um filtro solar, roupas leves e um tênis.


Será que eu vou enjoar?
(R) Pouco provável pois o curso será ministrado em águas abrigadas sem muita interferência das ondulações. Mas não ingerir álcool na véspera de se fazer ao mar é regra até para quem já está acostumado a navegar.


Onde será dado o curso?
(R) O Big Rider está no Jurujuba Iate Clube em Niterói. É de lá que partiremos para as aulas.


Qual o custo do curso?
(R) O valor do curso é de R$ 700,00.
Pagamento pode ser feito em duas vezes. Metade no primeiro dia de aula e outra metade com cheque para 30 dias.


Qual o tempo de duração do curso?
(R) O curso possui 20 h de duração divididas em 4 aulas. As aulas são dadas preferencialmente aos sábados, em total de 4 sábados. Assim o aluno não fica preso todo o final de semana. Podendo se programar normalmente para suas atividades sociais. As aulas iniciam às 11:00h e trerminam às 16:00hs.


Nosso curso possui a seguinte programação:

O aluno aprenderá a velejar se utilizando de fundamentos básicos mas imprescindíveis para qualquer navegação segura. As aulas teóricas serão dadas a bordo, com a embarcação atracada e em movimento. Além ds aulas de navegação o aluno terá oportunidade de ver cada parte crítica de um veleiro de oceano. Entenderá a funcionamento da "gaxeta" do eixo do motor, do vazo sanitário e bomba de porão. Saberá quais as  principais peças de reposição que devem estar a bordo.


Competências adquiridas pelo aluno ao final do curso:


1. Identificar corretamente as partes de um veleiro de oceano.
2. Envergar as velas corretamente e passar os cabos pelos moitões. (Preparo do barco para velejar).
3. Velejar com vento folgado.
4. Velejar na orça.
5. Algumas normas de segurança para evitar abalroamento no mar.
6. Saber a diferença entre orçar e arribar.
7. Regulagem correta das velas (como “marear” as velas).
8. Apresentar o barco a poita.
9. Apresentar o barco ao cais.
10. Conceitos básicos de aerodinâmica. Como um veleiro funciona.
11. Marinharia usual: saber dar perfeitamente os nós mais importantes.
12. Saber utilizar a catraca.
13. Saber quando utilizar o burro da retranca.
14. Saber cambar com perfeição.
15. Orientar-se por pontos fixos no horizonte.
16. Saber identificar se está em rota de colisão com outra embarcação.
17. Cambar passando a proa pelo vento.
18. Entender a diferença entre vento real e vento aparente.
19. Noções de utilização da carta náutica.
20. Noções de comunicação via rádio.
21. Tomada de rizes da vela mestra.
22. Utilização da vela de estai. (para veleiros com armação em Cutter)
23. Navegar a favor do vento em “asa de pombo”.
24. Saber usar um genneker (balão assimétrico) - dependente das condições do vento.
25. Manobra de homem ao mar - MOB.
26. Regulagem do trevller.
27. Manobra de capear.
28. Fundear corretamente.
29. Saber dar o “jibe” com segurança.


Calendário para o primeiro semestre de 2011:


Turma completa:
26 de fevereiro
19 de março
26 de março
02 de abril


Turma aberta: duas vagas apenas
09 de abril
16 de abril
23 de abril
30 de abril


"Mas se você está em dúvida se irá se adaptar a embarcação e prefere fazer um test-drive, oferecemos a oportunidade de um passeio de duas horas onde verá como é a vida a bordo de um veleiro de oceano e presenciará algumas manobras que irá aprender ao longo do curso. Ou seja, só não se fará ao mar se não quiser."
OBS: O custo para o test-drive será de R$ 150,00, pode trazer um acompanhante. Agora ficou melhor ainda!!!


Nos procure!


Luís Cardoso - Veleiro Big Rider

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Aulas de vela - leitura acelerando o aprendizado

Uma certa época em minha vida tive um professor que me disse: "- A diferença entre o aluno e o professor é que o professor leu antes". Êta frase certinha essa! Nas aulas de vela, a medida que as aulas vão acontecendo e os alunos vão pegando mais experiência, cada vez menos é necessário passar instrução. Na verdade é assim para tudo em nossa vida. Mas voltando ao meu professor...ele disse "- ...o professor leu antes..." É isso mesmo, para acelerarmos o aprendizado é necessário ler muito a respeito de tudo dentro do mundo da vela. Quem se interessar pelo assunto e possuir o hábito de ler, vai aprender mais rápido e ao mesmo tempo fixar melhor o que aprender nas aulas. Mesmo sendo poucas, em comparação a outros países,  possuimos literatura que abrange quase todos os temas de navegação.


Algumas fotos de nossas aulas:


Uilson e Vera - Ávidos por leitura, serei tripulante fácil sob o comando deles!
Terminaram o módulo básico e irão partir para o avançado.
Uilson, Vera, peguem o livro que emprestei sobre regulagem de velas e leiam bem a parte de regulagem de balão. MAS ISSO NÃO DARÁ O DIREITO DE DISCUTIR COM O COMANDANTE!!! RSRSRSR....
Irão usar no módulo II. Parabéns!!!


Feliz também fiquei em levar para passear uma certa menina que mora a 2000 km de distância daqui.
Ellen, filha do Nosso aluno André que também lê de tudo.
Parabéns André, pela delicada Ellen. Mas não se esqueça, depois daquela regata molhada do sábado do feriado que me fez participar, está me devendo almoços todos os sábados até o final do ano!
Olha a Ellen levando o Big Rider!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ilha de Cotunduba, temos que nos mobilizar...

Queridos amigos, na entrada ba Baía da Guanabara existe uma ilha lindinha e que sempre me encanta quando deixo a entrada da Baía, por boreste, em direção a ilha rasa, é a ilha de Cotunduba.
Olhe a foto e veja como é uma belezura de ilha.















Pois bem, vem aí a olimpíada de 2016. Sabem o que querem fazer na Cotunduba?
Esta porcaria aí:


 Levantam a bandeira dizendo que será uma torre sustentável. Para quê eu quero uma torre...ainda mais sustentável? Dizem que criarão uma torre de observação (como se fosse necessário). O homem cria algumas necessidades que são completamente absurdas...
A idéia é gerar energia limpa para a aldeia olímpica...Já imaginaram o absurdo de mentiras que irão dizer para validar a maluquice dos políticos? Acha mesmo que isso vai funcionar eternamente? Assim que acabarem as olimpíadas esta verruga encravada na ilha será usada pelas aves que irão fazer seus ninhos e irão achar, as aves, que é natural. E mesmo que seja usada pelo resto da vida como algo que possui uma função qualquer...precisamos dela? O Rio já é tão chamativo, cheio de belezas naturais...querem concretar nossos olhos como São Paulo? Para quê? Eu respondo - para engordarem os bolsos dos empreiteiros. Obras faraônicas bem ao estilo daquele governador doente que tivemos (Cidade da Música? - Uma rocha horrível encravada no coração da Barra) Está pelo menos funcionando? Não, não está e não irei a nenhum show ou o que lá acontecer naquela porcaria). E digo mais, se houver uma mobilização para embargar esta obra idiota de torre sei lá o quê, eu serei o primeiro a colocar meu barco na frete para atrapalhar os empreiteiros. Sem contar que é uma área de proteção ambiental...(mas como é que conseguem cogitar um absurdo destes sendo uma APA?) Só mesmo em um país que não é sério.
Mas a garotada vai gostar, vai ter até  "bungee jumping"...
Vejam o restante das imagens: Vergonha!! Podiam colocar isso na praia de Ramos, no piscinão, por que não? Com cinemas para as crianças, lojas, parede de escalada para incentivar o esporte, etc...aí sim, seria uma proposta um pouco mais coerente com nossas necessidades.
Imaginem os ovos dos peixes, ouriços, etc. em torno da ilha, sendo dragados por bombas imensas e retornando por uma cachoeira...vai ser lindo! Tomara que entupa tudo com saco plástico e camisinhas que boiam aos milhares na nossa Baía!



Esta obra não deveria acontecer! Abrçs, Luís.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

ATAQUE !!!???!!!??? de beleia franca!

No dia 21 de julho deste ano, um casal foi dar um passeio em seu veleiro de 10 metros lá na África do Sul, e ficaram muito felizes ao verem uma baleia dando saltos no mar....que lindo! No entanto, ela continuava a dar saltos e foi chegando mais e mais próxima do veleiro...até que, de maneira "furiosa"! Aterrisou pelo través do barco. Quebradeira geral! Pânico e perigo de naufrágio..., no final ficou tudo bem e o casal chegou motorando ao clube. A mídia brasileira, como não poderia deixar de ser, e entendendo profundamente o padrão de conduta dos cetáceos, entrou na onda da mesmice televisiva de chamadas espetaculares para programas de vida selvagem, onde dizem que tubarões e orcas são assassinos, insetos são orripilantes!!!! Agora até uma baleia, em passeio, já é até capaz de "simular um ataque de maneira felina onde prepara o bote para atacar um veleiro que desgarrou da flotilha e pode estar ferido", sendo uma presa fácil! Teve gente que disse até que ambos, a baleia e o veleiro estavam em horário e local errados. Eu fiquei pensando, se a baleia não estivesse dentro d´água, nadando, estaria onde? Em algum clube náutico atracada ao cais?
Ah...a baleia se machucou sim. Pedaços de sua pele ficaram presos ao barco.

PS1: as baleias e golfinhos possuem sim capacidade de ataque em grupo e individualmente a peixes e outros mamíferos, mas vamos devagar...

PS2: No blog do Axel Grael, o acontecido foi descrito de maneira mais coerente...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Construção amadora - Mais um veleiro surgindo!

           Já falei antes aqui no blog sobre o meu respeito por pessoas que decidem construir seu próprio veleiro. Na dácada de 70, na França, houve uma grande explosão de construções amadoras por conta das vitórias gloriosas de Eric Tabarly e também pela velejada solitária feita por Bernard Mointessier quando abandonou a regata volta ao mundo pelo simples prazer de não chegar. O ocorrido virou literatura obrigatória de quem veleja, aqui no Brasil foi traduzida como “Um longo Caminho”. Os franceses logo vislumbraram a possibilidade de fazer o mesmo que Tabarly e Mointessier e, em vários estaleiros, iniciou-se uma febre por construir veleiros que até hoje não se fez igual. Muitos conseguiram e foram navegar em seus sonhos mundo a fora, com a família toda dentro. Outros porém, acabaram por sucumbir por conta das dificuldades encontradas. No entanto, foi a partir destes sonhadores que o mercado náutico francês recebeu um empurrão. Quem sabe não serão nossos construtores amadores os responsáveis por tirar dos brasileiros o mito, o ranço, de que para se ter um veleiro é preciso ser rico. Outro dia, lá no clube, conheci uma destas pessoas “descoladas” que corajosamente partiu para a conquista de seu sonho. O nome dele é Carlos Henrique Vianna da Costa que é técnico de operações de mergulho e tem 45 anos. Conheceu o projeto de seu catamaran em um fórum náutico. A obra teve início em 2008 e pelo que ele prevê, o término será em 2011. Uma das “bananas” já está pronta e será laminada agora. Segundo ele me informou, as maiores dificuldades que encontrou foi saber a diferença entre “compensado naval” e “compensado marítimo”, o custo dos materiais e a falta de tempo disponível para a obra. As fotos estão aí! Força Carlos! Coragem você já possui!

Especificações:
Comprimento: 8,6m
Boca: 4,3m
Calado máximo : 0,7 m

quinta-feira, 10 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

Aula de instrução - Curso de vela a bordo do Big Rider

Fotos da navegada de instrução a bordo do Big Rider.

Belo dia de outono!!!
Nova turma em formação - venha aprender a velejar e ainda passar tardes maravilhosas!

Tel: (21) 8187-9618 (Luís Cardoso)


As fotos foram gentilmente feitas pelo amigo

Marcio - "lancha Diver"

terça-feira, 18 de maio de 2010

Nossa Senhora da Boa Viagem - "uma santa como sentinela"

Ao saírmos da Baía de Jurujuba em Niterói (RJ), contornando o morro do morcêgo, pelo mar, percebemos por boreste, um pouco mais à frente, uma ilhota que possui uma construção branquinha bem no alto. Parece que fica nos observando e esperando nossa volta...  Outro dia, ao voltarmos de uma regata, nos encontramos com a tripulação do veleiro “Calamar” no clube e ouvimos do Claudio, um pouco da história da Igreja da Nossa Senhora da Boa Viagem. Fiquei bastante impressionado...Encontrei neste texto muito bem escrito, fatos interessantes a respeito de mais um personagem do passado de nossa baía tão querida. Leiam sem pressa, Luís.

“A fé e os canhões sempre andaram juntos. Muitas vezes porque os canhões troaram em nome da fé. Noutras porque o desespero e o sofrimento presentes nas batalhas acabavam invocando as forças sobrenaturais: fundar uma casa de Deus para que este socorresse os que a construíram e destruísse seus inimigos.

Com a Ilha da Boa Viagem, a história foi diferente. Antes de ser fortificação, ela foi altar. Isto: primeiro veio uma igreja, depois, bem depois, o pragmatismo militarista usou-a para assentar canhões e defender as possessões portuguesas neste outrora paraíso chamado Baía de Guanabara.

Lá pelos meados do século XVII, Diogo Carvalho de Fontoura ordenou que se construísse uma capela dedicada a Nossa Senhora da Boa Viagem. Somente por volta de 1702 o capitão-governador Luís Cesar de Menezes construiria o denominado “Forte da Barra”, em verdade umas modestas posições de artilharia que, não obstante, nessa situação privilegiada na baía, adquiriam a condição de um importante ponto de defesa, nas encarniçadas lutas por estas terras brasileiras, tão belas, tão fartas, tão cobiçadas.

Confesso que quando passo pela ilha os canhões nunca ecoam em minha memória. Não consigo pensar no alarido, na fumaceira, no cheiro da pólvora, nas imensas bolas de ferro lançadas à distância pelos canhões, ou nas que, em revide, caíam na ilha, causando destruição e morte, lá e cá, porém mantendo, milagrosamente intacta a morada de Nossa Senhora da Boa Viagem. Penso mais na ilha como baluarte de fé.

A Ilha de Boa Viagem tem mesmo vocação de altar. Um altar até para céticos e ateus. Um altar de rocha encoberta de verde, recortado contra o céu azul e eternamente plantado na direção da entrada da barra. A igrejinha branca mais parece uma bandeira, alva e imóvel, secularmente lembrando a paz.

A pequena ponte que liga a ilha ao continente, embora obra relativamente recente, integra-se perfeitamente à paisagem. É como se a Virgem, do alto desse pequeno outeiro, tivesse resolvido, séculos depois, que os passantes do calçadão moderno de hoje também devessem se irmanar com aqueles aguerridos combatentes de outrora, todos juntos num ato de fé.

Boa viagem! Gosto de pensar nessa ilha também a partir desta exclamação tão tocante. Expressão que junta saudade antecipada, esperança e desejo. Desejar boa viagem é sempre isso: conformar-se com a partida inevitável, mas superar o egoísmo e querer o melhor para quem vai de partida

Viajantes registraram que a capela erguida em louvor a Nossa Senhora da Boa Viagem era, até o final do século XIX, um local de peregrinação de pescadores e marinheiros. Aos homens das guerras de conquista, do passado remoto, juntaram-se os combatentes de outras lutas, as batalhas diárias contra os perigos do mar. E essa Nossa Senhora da ilha acolheu a todos, deu-lhes o alento baseado na fé. A modesta capela transformou-se num repositório de ex-votos, quadros e outros ícones religiosos, testemunhando a gratidão dos marujos. As paredes também transformaram-se em belos murais, igualmente eloqüentes testemunhos figurativos de crença.

Nos seus tempos áureos, a alegria, a música e a dança invadiram a pequena ilha, numa algazarra de felicidade muito diferente do fragor das batalhas. Ao invés do ruído dos canhões, o som de coros sacros ou de modinhas laicas.

Hoje, esses símbolos materiais da fé e essas ingênuas festinhas locais ficaram no passado, roídos pelo descaso, esquecidos pela desmemoriada cultura nacional, vencidos pela barulheira da comunicação de massa, ultrapassados pela modernice insensível. Mas a ilha, sua igreja e as ruínas da fortificação continuam lá, graças ao zelo admirável de meia dúzia de abnegados.

Quando passo pela ilha, muitas vezes apressado pelos compromissos do dia-a-dia, às vezes imagino uma voz, de santa ou de meu próprio desejo, a dizer com carinho:

-
Boa viagem!

Texto e fotos de J.Carino.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Construção amadora - o desejo que sobrepõe a razão, ou quase..!

Pessoal, não conheço um só velejador, principalmente os de cruzeiro, que não tenha sonhado em construir seu próprio veleiro. Os dois do Damien, Gérard e Jerôme, construiram o deles por 5 anos na dureza e na beleza da juventude, e em 1969 se soltaram do pier e rodaram o mundo por 5 anos. Bernard Moitessier o seu Joshua, Eric Tabarly os Pen Duick II, III, IV, V e VI, Sir. Knox Johnston mandou construir o seu pequeno e robusto Suahili na India e acabou ganhando o “The Sunday Times Golden Globe Race” em 1969. O Amyr Klink não para de brincar disso, é um Paratii atrás do outro, o Cabinho então nem se fala, Aleixo Belov já construiu pelo menos dois que eu saiba, veja em Veleiro Fraternidade! Ainda temos os Shurmann e tantos outros anônimos, “e ainda tão poucos”. Pô mas por qual motivo estes caras fizeram isso? É tão mais fácil comprar um usado! De um final de semana para o outro, você já pode sair navegando em seu veleiro. A resposta é complexa e devido a complexidade dos motivos não arriscarei uma aqui. A construção de uma embarcação além de requerer mais recursos do que a compra de uma usada, requer muita, mas muita coragem por parte de quem se arrisca na empreitada. Amyr, o Klink, não gosta de barcos de plástico pois “não possuem alma”, diz ele. Até concordo, em parte. Um dos principais riscos é a falta de recursos que pode ocorrer por conta de algum contratempo durante o periodo da construção. Doenças, desemprego, viagens, familia, etc. No que diz respeito a família e sendo nós Brasileiros, não tente se meter nisso se a sua não comprar esta idéia com você. Isso pode causar até separação. A construção de um veleiro tem que envolver os seus mais próximos, caso contrário a chance de dar tudo errado é muito grande. O amor que você desviar para o barco será cobrado  em casa. No entanto, não tenho idéia de como deve ser a satisfação de alguém que encosta a quilha de seu barco na água pela primeira vez! Mas estou neste assunto tão somente para falar a respeito de um camarada de coragem. O nome dele é Mauricio. Ele é o feliz proprietário do SANUK, uma casa em formato de catamarã que fica sobre as águas de Abrolhos, BA a maior parte do ano. Eu mesmo já fui passar duas temporadas nele. É incrivel como o Mauricio conseguiu tanto espaço lá dentro, aproveita tudo que pode. Como ele próprio me disse, ele possui a capacidade de formar mentalmente um desenho tridimensional do barco, o que ajuda na hora de construir o mesmo. Acho que ele tem um autoCAD cerebral, sei lá. No momento ele está com um novo projeto. Está sendo construindo em um estaleiro na Ilha da Conceição em Niterói no Rio de Janeiro, o SANUKSTAR. Um monocasco que, pasmem, com seus pouco mais de 11m leva uma motocicleta na popa em paiol próprio e tudo mais que ele descreve no site que já está no ar mas ainda em construção http://www.pesquisamar.com.br/ . Este veleiro está sendo construido para ajudar estudantes e seus orientadores na busca de respostas as suas indagações científicas a respeito do mar e seus habitantes. Sim, pois SANUKSTAR viverá por um motivo nobre, o de promover conhecimento. Certamente ficarão bem contentes quem dele se servir, até mesmo para charters de turismo eventuais. Estive no estaleiro mês passado e pude costatar de perto um pouco das soluções que o Mauricio encontrou. Parabéns prof. Pardal! Há, pode contar comigo como tripulante do SANUKSTAR caso ele tenha que subir para Caravelas, BA...Vou fazer um esforço danado!!!.  Vejam as fotos...Abrçs, Luís.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Regata de domingo do ICB - Niterói, RJ

Primeiro Lugar !!!!! Esta tripulação aí da foto ficou em primeiro lugar na categoria Cruzeirão A!!!
Domingo passado participamos da regata "Karl Heinrich Boddener" do Iate Clube Brasileiro em Niterói - RJ.  Foi um dia lindo, na raia tinham barcos de diferentes categorias como de costume. Corremos no Enterprise, barco comandado pelo Sr. Helmut Stenger. A bóia de contra vento foi moleza pois a corrente estava a favor, estávamos de maré vazante.  Como eu sempre digo, é muito bom olharmos para o fundo da cabine ao final de uma velejada e vermos que por ali passou um furacão, sinal que a velajada foi daquelas!! Aproveito para fazer um elogio rasgado a uma pessoa que muito tem a ensinar sobre regatas, sim pois cruzeirar e regatear são coisas completamente diferentes. O Sr. Helmut é um excelente tático, qualidade que para uma pessoas aparece mais naturalmente e para outras pode não aparecer nunca. A nossa colocação foi o que menos nos importou, o melhor foi velejar em companhia de pessoas agradáveis e que adoram estar no mar. Obrigado Helmut e Ângela.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Baía da agonia


No ano passado a Comissão Olímpica Internacional, o COI esteve aqui no Rio. Legal não é? Pois bem, naquela época não existia o Blog do Big e eu não pude mostrar aos amigos o que presenciei. Pô Luís, que interessante...e daí? Explico: “VOCÊS TINHAM QUE TER VISTO O ESTADO QUE FICOU A ÁGUA DA BAÍA DA GUANABARA!” De dentro do Big Rider, na popa, olhando para os cabos que o prendem à poita do píer, quase tinhamos a visão da própria poita que fica a uns 3 metros de profundidade. Acreditem, para os parâmetros normais da água da Baía é muita transparência na superfície que por vezes não chega a um palmo!! Eu e minha filha nadamos entre os barcos, limpamos o hélice, brincamos e nos alegramos pela água limpa que estava ao nosso redor. Incrível foi que nem me passou pela cabeça que era por conta do COI. Pobre panaca. A verdade é que foram desviados rios importantes. Rios que outrora traziam vida para dentro da Baía, carreando nutrientes vindos das montanhas e que agora, depois de mal tratados e poluídos por nós, desembocam na querida baía mortos e desprezados. Só lembramos deles quando enchem e inundam regiões que não deveriam estar habitadas. Pois bem, uma semana depois que o COI foi embora TUDO voltou ao normal. Os sacos plásticos estavam de volta, o óleo derramado pelos navios e barcos de pesca estava de volta, a água marrom de aparência quase sólida estava de volta, o cheiro de esgoto estava de volta e a minha indignação nem se fala. Vejam este vídeo (feito em 2007!!!) e tentem imaginar onde foi parar o nosso dinheiro, ainda, onde vai parar o dinheiro que pegamos emprestado do exterior para as melhorias necessárias de que a nossa Baía tanto precisa. Vão parar nas cuecas destes canalhas que elegemos de tempos em tempos. Prometer a despoluição da Baía da Guanabara produz o mesmo efeito aos eleitores tal qual acabar com a violência no Rio ou a fome no Nordeste. Sonho em um dia poder velejar com meus netos em Uma Baía menos poluída. Caramba é tão linda, não nos cansamos de ver as mesmas imagens, mesmas Igrejas e Fortalezas, mesmas pedras e montanhas em sua volta e no entanto temos que ver televisores boiando, cadeiras e poltronas por todo o lugar. E estes artefatos não vieram do esgoto, vieram da falta de educação que o brasileiro aprendeu a cultivar e achar que é assim mesmo, que é normal ser porco.

A foto aí eu fiz no domingo no (JIC). Olha como fica bacana a água toda enfeitada de saquinhos multicoloridos por todos os lados, sem falar nas camisinhas de Vênus com nó na ponta, tem de todas as côres. É o mesmo local que relatei lembra? Na popa do Big, no pier do clube. Caminhamos bem... Luís.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Grandes personagens no Rio Boat Show 2010

Oi pessoal, ontem dei um pulo no Rio Boat Show que está acontecendo neste momento na Marina da Glória.
Eu estava no JIC, me preparando para ir para casa quando decidi ligar para o Luiz Sérgio e ele me disse que estava se direcionando ao salão. Tinha um convite para mim. Imprimi meus dados na náutica do clube e fui direto para lá.
Leio muito sobre TUDO que consigo referente a vela e principalmente referente a construção amadora no Brasil. Em relação a construção de barcos brasileiros nós temos uma referência que é o Sr. Roberto de Mesquita Barros o “Cabinho”. O Cabinho já escreveu vários livros sobre suas aventuras nos mares do mundo mas ele é muito mais conhecido pela sua simplicidade no trato e pelos seus exelentes projetos. A visão que o Cabinho tem de espaço é algo inacreditável. Os seus barcos são incrivelmente espaçosos, confortáveis e seguros. Não tem um velejador de cruzeiro no Brasil que não tenha sonhado em possuir um barco projetado por ele. Neste caso, facilita ter um estaleiro preparado e principalmente familiarizado com seus projetos. Isso é um problema...na verdade já foi. Existe uma pessoa no Rio que simplesmente faz o sonho tornar-se real...esta pessoa é o Sr. José Manoel Gonzales Fernandes, o Manolo. Ele é espanhol, veio para o Brasil ainda criança e trouxe com ele o DNA naval de que tanto precisamos. Seu estaleiro Sabadear é uma referência na construção de veleiros. Ele me revelou que com aproximadamente R$ 400.000,00 você pode possuir, em 4 ou 6 mêses, um veleiro incrível, um  Samoa 36 com TUDO que possa imaginar. Os Samoas são outra referência em termos de barcos seguros e confortáveis (desenhados por Cabinho). Ainda temos o Luiz Sergio, um detalhista e apaixonado velejador que com suas próprias mãos, parafuso a parafuso, construiu um robusto Samoa 35. Hoje é meu amigo e principal consultor. Pense em um problema que você possa ter com seu veleiro...pensou? Pois bem, ou o Luiz  já passou por este problema e já resolveu de maneira precisa, ou ele já pensou na solução e está só aguardando o problema surgir... Pois é, foi assim que ele me convenceu a adquirir um guincho de 1000W para o Big Rider. Já estamos antevendo aquela lestada que possa entrar no final de tarde nas cagarras... Sinceramente eu não estou mais aguentando levantar a âncora. Tenho sempre que ingerir uma cartela de Dorflex depois... E por último, eu conheci duas pessoas que só conhecia por leitura, o Hélio e sua esposa Mara do veleiro MaraCatu. Não direi nada a respeito deles, vejam o blog primoroso e tirem suas conclusões. Grandes pessoas! Saúde a todos.
PS: a foto que ilustra esta postagem foi feita de meu celular pela Elizabeth que deu um duro danado para que ficasse visível! Viva Beth!
Luís Cardoso

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Os barcos de Eric Tabarly


Le Pen Duick VI d'Eric Tabarly
Enviado por Sailingnews. - Futebol, capoeira, surfe e mais videos de esportes.

Eric Tabarly foi um homem que viveu para seus barcos. Cada um foi desenhado e construido para um tipo de regata. Inventou o lazy jack, camisinha para balão, a mesa de navegação com cardã, tanques de lastro entre outros. Venceu várias regatas em solitário fazendo diferente dos outros concorrentes, teve que otimizar as manobras de troca de velas para melhor rapidez e segurança fazendo-o mais competitivo. Sempre muito simpático e simples, capaz de feitos espetaculares, morreu em 1998 fazendo o que nasceu para fazer, velejando. Estava a bordo do barco que pertenceu a seu pai, o Pen Duick (Tentilhão-de-cabeça-preta). Todos os navegantes deveriam conhecer um pouco da vida deste francês que é um herói até hoje em seu país. Ao longo de sua vida viveu endividado por estar sempre construindo ou consertando um dos seus Pen Duicks. Muitos amigos e donos de estaleiro o ajudaram e assim fizeram parte de sua vida e a eles Tabarly era muito agradecido. Um filme sobre suas conquistas e sobre a sua vida já foi lançado, irei falar sobre ele posteriormente. Um abraço, Luís. 

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Páscoa a bordo

Olá a todos. Chegamos ontem de Niterói. Ficamos a bordo do Big Rider como sempre fazemos quando passamos nossos finais de semana no clube.Fui na sexta feira, minha esposa, filha e sobrinha não puderam ir,  foram no sábado. Como estava doido por uma velejada resolvi sair na sexta para dar uma velejada sozinho mesmo como gosto de fazer e para testar a nova vela. Eu adoro pessoas a bordo, como sempre costumo dizer, e outros já disseram antes, a felicidade só é plena quando ela é compartilhada, e é verdade, mas também é muito prazeroso velejar só. Embora não me sinta só nem um pouco. Sempre tem um atobá, um trinta réis ou um tesourão fazendo companhia. Nesta sexta, ao apontar a proa do Big Rider para a Ilha Rasa e ligar o “Magalhães”, nosso piloto automático, eu dei uma olhada em volta para ver se tinha algum cargueiro aproando para entrar na boca da barra da Baia da Guanabara, constatado que estava seguro, eu fui para a proa e fiquei sentado sobre o deck, encostado na cabine e olhando para o horizonte. Na hora comecei a ouvir os pios dos Trinta Réis que passavam sobre nós, olhei para a frente e vi ao longe a Ilha Rasa, para mim é a melhor velejada que temos aqui no Rio para ir e voltar no mesmo dia. Parti do clube ‘as 14:00h pois geralmente é quando o vento “firma”. Depois de passar ao largo da Ilha Rasa, o vento refrescou bem e aí começamos a andar a 7 nós, com o Big Rider levantando altos “bigodes”. O sol já estava ficando amarelo e pude fazer a foto dele “morrendo” por trás da Ilha Redonda. Eu não queria parar de velejar e fui indo em frente até o vento diminuir um pouco, só que já estava anoitecendo e então resolvi voltar pois a entrada na Baía ‘a noite é perigosa, entram e saem muitos cargueiros, balsas e navios de turistas, muitas vezes um atrás do outro e andam muito rápido. Como aquela área é restrita, pois existe um canal, os navios não podem desviar de nós e não temos como saber se eles nos vêem. Aconselho a não navegar na bôca da barra depois de anoitecer pois é perigoso. Cheguei ao clube e já eram 21:00h e só voltei naquele dia para poder beber uma cerveja com um grande amigo Resende que me esperava no clube pois a vontade era ficar no mar. Ainda tinha vento que depois mudara para um terral fraquinho. Era para velejar a noite toda!! No sábado as meninas chegaram e demos outra velejada, com direito a um belo arco íris. Ótimo feriado a bordo do Big Rider.