E a jubarte morreu!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

E a jubarte morreu!

Depois de tantas tentativas, a baleia morre. Foram 36 horas de agonia. É bem difícil ver um animal desses morrer desta forma.
Agora será filetada e jogada no lixão. Um amigo nosso lá do Jurujuba (Ronaldo do Timshel), voltou agora do cruzeiro da costa leste. Perguntei a ele se havia visto muitas baleias. Resposta: "olha, acredito até que a caça às baleias será liberada! Vi muitas baleias Jubarte". Será mesmo que a grande incidência de encalhes este ano na costa brasileira, quase 80 ao todo, a grande maioria de jubartes, pode estar sendo devido ao aumento da população destes animais? Se for, deveríamos começar a pensar em nos organizarmos para que sejam formados grupos de apoio a estes cetáceos, pelo menos, na época da passagem delas aqui pelo nosso litoral. Caso a pensar. Fui.

Um comentário:

Ronaldo disse...: Luis,
Realmente a população de jubarte pode estar no limite do razoável.
Na travessia de Vitória para Abrolhos, dos 55 veleiros, 4 abalroaram baleias à noite. No meu caso não cheguei bater, porem levei um grande susto ao passar ao lado de uma que estava respirando, enquanto dormia à flor d'água, e à deriva, obviamente.; 27 de outubro de 2010 às 22:03

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Poema de André Martins de Lima

"Vai Big Rider"

Embarquei no Big Rider como o menino que monta na primeira bicicleta. Conheci seus detalhes como o rapaz que decora, apaixonado, os traços Dela. Manejei seus cabos, descobri seus segredos e os meus também.

Aprendi a Cambar, senti o carinho do vento, rabisquei a baia como criança com giz de cera, fiz manobra de capear.

Lancei-me ao mar, disposto a desbravar os caminhos da minha própria alma. Percebi seu peso e sua leveza e me encantei.

Ergui seus panos e me senti um mágico. E acreditei, piamente, naquela magia.

Dei o “jibe”, naveguei com o vento de través, interpretei a carta náutica, e a tábua das marés.

Ouvi o som do seu silêncio que não sai da minha memória. Lancei sua pesada âncora. Tirei as mais belas fotos. Fazem parte da história.

Acompanhei as nuvens, rizei a vela, brinquei na crista da onda, mas velejei com cautela.

Esperei o sábado chegar como quem espera o Sol para romper o dia. Viajei em pensamentos longos, antes de zarpar. Conheci mares, admirei lugares e vivi prazeres.

Orientei-me pelo horizonte, cacei o burro. A visão do poente, por todos os ângulos possíveis, me soou como um sussurro.

Passei a proa pelo vento, utilizei a catraca. Fundeei corretamente, num local que se destaca.

Velejei com vento folgado, com o balão empoleirado, o olho arregalado e um sorriso maroto e disfarçado.

Vagueia Big Rider, risca o espelho da Guanabara. Descreve com sua esteira os versos da cordilheira carioca.

Proseia, Clássico, me leva pra passear. Aderna nos meus pensamentos, recarrega minhas baterias e me deixa sonhar.

Fiz um curso de ecologia. Fui capitão da alegria. Lembrar desta experiência é deleite e poesia.

André. (20-10-2010)

Nossa proposta

O Blog do BIG tem como objetivo a divulgação do curso de vela oceânica a bordo do Big Rider. A vela é um esporte que se pratica normalmente ao ar livre. Existem algumas competições de prancha 'a vela que são praticadas "in door" utilizando-se ventiladores imensos, mas não é uma prática corriqueira. O Rio de Janeiro possui um potencial imenso para a prática da vela. A cidade de Niterói tornou-se um polo muito importante para este fim pois a maioria dos clubes náuticos lá se instalaram e com isso, é lá onde estão a maioria de nossos veleiros e de nossos velejadores. Neste blog você poderá ler alguns artigos interessantes a respeito do mar e a respeito da vela. Sejam bem vindos e divirtam-se!